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Demência

Cientistas identificam marcadores dos diferentes estágios do Parkinson

Um grupo internacional de pesquisadores fez um avanço importante no entendimento do Parkinson.

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Um grupo internacional de pesquisadores fez um avanço importante no entendimento do Parkinson. Os cientistas conseguiram identificar marcadores que indicam padrões de neurodegeneração do cérebro para cinco estágios clínicos da doença.

A descoberta foi publicada na revista NPJ Parkinson's Disease e pode ser o primeiro passo para o desenvolvimento de melhores formas de diagnóstico e tratamento. Os pesquisadores acreditam que será mais fácil estabelecer em que estágio da doença o paciente está a partir de exames de imagem.

Parkinson

O Parkinson é a segunda doença neurodegenerativa mais comum no mundo. É uma condição que causa problemas de movimento, saúde mental, sono, dor, entre outros. A doença geralmente ocorre em pessoas mais velhas, mas indivíduos jovens também podem ser afetados.

A causa da enfermidade ainda é desconhecida, mas pessoas com histórico familiar da doença apresentam maior risco. Exposição à poluição do ar, pesticidas e solventes também aumentam a possibilidade de desenvolver a doença, destaca a Organização Mundial da Saúde (OMS).

8 imagensEsse processo degenerativo das células nervosas pode afetar diferentes partes do cérebro e, como consequência, gerar sintomas como tremores involuntários, perda da coordenação motora e rigidez muscularOutros sintomas da doença são lentidão, contração muscular, movimentos involuntários e instabilidade da posturaEm casos avançados, a doença também impede a produção de acetilcolina, neurotransmissor que regula a memória, aprendizado e o sonoSegundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), apesar de a doença ser conhecida por acometer pessoas idosas, cerca de 10% a 15% dos pacientes diagnosticados têm menos de 50 anosNão se sabe ao certo o que causa o Parkinson, mas, quando ocorre em jovens, é comum que tenha relação genética. Neste caso, os sintomas progridem mais lentamente, e há uma maior preservação cognitiva e de expectativa de vida1 de 8

Parkinson é uma doença neurológica caracterizada pela degeneração progressiva dos neurônios responsáveis pela produção de dopamina

KATERYNA KON/SCIENCE PHOTO LIBRARY/ Getty Images2 de 8

Esse processo degenerativo das células nervosas pode afetar diferentes partes do cérebro e, como consequência, gerar sintomas como tremores involuntários, perda da coordenação motora e rigidez muscular

Elizabeth Fernandez/ Getty Images3 de 8

Outros sintomas da doença são lentidão, contração muscular, movimentos involuntários e instabilidade da postura

izusek/ Getty Images4 de 8

Em casos avançados, a doença também impede a produção de acetilcolina, neurotransmissor que regula a memória, aprendizado e o sono

SimpleImages/ Getty Images5 de 8

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), apesar de a doença ser conhecida por acometer pessoas idosas, cerca de 10% a 15% dos pacientes diagnosticados têm menos de 50 anos

Ilya Ginzburg / EyeEm/ Getty Images6 de 8

Não se sabe ao certo o que causa o Parkinson, mas, quando ocorre em jovens, é comum que tenha relação genética. Neste caso, os sintomas progridem mais lentamente, e há uma maior preservação cognitiva e de expectativa de vida

Visoot Uthairam/ Getty Images7 de 8

O diagnóstico é médico e exige uma série de exames, tais como: tomografia cerebral e ressonância magnética. Para pacientes sem sintomas, recomenda-se a realização de tomografia computadorizada para verificar a quantidade de dopamina no cérebro

JohnnyGreig/ Getty Images8 de 8

O Parkinson não tem cura, mas o tratamento pode diminuir a progressão dos sintomas e ajudar na qualidade de vida. Além de remédio, é necessário o acompanhamento de uma equipe multidisciplinar. Em alguns casos, há possibilidade de cirurgia no cérebro

Andriy Onufriyenko/ Getty Images

Novos marcadores do Parkinson

Para fazer o estudo global, os pesquisadores analisaram dados clínicos e de ressonância magnética cerebral de 2.525 indivíduos com Parkinson e 1.326 pessoas saudáveis de 20 países diferentes.

Eles observaram que, conforme a doença avançava entre seus estágios, o paciente apresentava um grau maior de atrofia ou hipertrofia nas estruturas ligadas ao movimento e em outras áreas corticais, responsáveis por funções básicas.

Também ficou evidente que várias dessas estruturas apresentavam diferenças na forma. Algumas regiões do tálamo — que atua como um retransmissor de informações dos sentidos para o córtex cerebral — haviam ficado mais espessas.

As amígdalas, por sua vez, diminuíram de tamanho. Essa estrutura está relacionada com a regulação das emoções e do comportamento social.

“No maior estudo sobre a forma subcortical no Parkinson até o momento, encontramos anormalidades locais de regiões cerebrais subcorticais em pessoas a doença em comparação com controles em todos os estágios da doença. Padrões amplamente congruentes foram associados a um tempo maior desde o diagnóstico e piores sintomas motores e desempenho cognitivo”, dizem os pesquisadores no trabalho.

Os pesquisadores acreditam que os resultados possibilitam novas formas de acompanhar tratamentos futuros. “Essas descobertas fornecem novos insights sobre a degeneração subcortical do Parkinson ao demonstrar padrões de morfologia específica do estágio da doença, amplamente consistentes com a degeneração em andamento”, consideram.

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Fonte: Metropoles

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