A coluna Fábia Oliveira relembra um caso que chocou o Brasil, o do assassinato de três médicos na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro. Os disparos fatais eram destinados, na verdade, a um miliciano e seus comparsas. Um homem sobreviveu aos ataques, embora ferido após ser alvo dos criminosos por engano.
Em dezembro de 2024, o Ministério Público (MP) decidiu denunciar cinco homens pelo ocorrido. Desses, um deles é essencial para essa matéria e vou te explicar o motivo, meu caro leitor. Fontes dessa coluna afirmaram, com exclusividade, que Giovanni Oliveira Vieira é um dos acusados de participar na execução dos médicos.
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O homem é acusado de atuar como "batedor" no episódio. O termo é utilizado para se referir à pessoa que conduz um carro à frente daquele dirigido pelos executores do crime.
A função do batedor é monitorar o surgimento e movimentação de viaturas de polícia. Giovani seria, então, uma peça essencial do crime, sendo ele o responsável por garantir que os executores não seriam abordados durante o ato criminoso.
Ainda de acordo com nossa fonte, um nome famoso despertou curiosidade em documentos oficiais. Estamos falando de Diogo Silva de Oliveira, o Dioguinho do grupo de funk Os Hawainos.
3 imagensSuposto envolvimento de Diogo nos crimes:
- Uma linha de telefone foi apurada para compreensão dos fatos criminosos. A linha em questão estaria no nome de Dioguinho e foi utilizada no dia em que os quatro médicos foram atacados.
- Elias Tiago Torres Leite, conhecido como Militão e envolvido nos crimes, fez contato com uma linha telefônica cadastrada no nome de Dioguinho, minutos antes do crime.
- Após surgir o nome do funkeiro no caso, a Justiça teria se dedicado a entender se o artista tinha, de fato, algum envolvimento no crime.
- As dúvidas a respeito de Diogo, no entanto, rapidamente foram sanadas. Afastado o sigilo da linha, descobriu-se que ela estava sob o nome de Dioguinho, mas o usuário real era Giovani Oliveira, nome já levantado nesta matéria.
- Um fato pra lá de curioso é que Giovani Oliveira, "batedor" nos atos de execução dos médicos, também já trabalhou com o grupo Os Hawainos.
- O telefonema realizado através da linha cadastrada no CPF de Dioguinho foi essencial para alinhar detalhes do delito ocorrido na Barra da Tijuca.
- A execução de milicianos teria sido planejada pelo Comando Vermelho, para permitir uma projeção e a formação de um complexo de maior escala. Eita!
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