A plataforma reúne mensagens de WhatsApp, Telegram, Signal, iMessage, Messenger, Twitter, Instagram, LinkedIn, IRC, Slack e mensagens privadas do Discord.
Em uma interface similar à do WhatsApp, a plataforma reúne os remetentes de mensagens à esquerda e os bate-papos à direita. Uma pequena figurinha ao lado da foto indica de qual plataforma veio a mensagem. Ainda é possível arquivar mensagens e ver apenas as não lidas.
Hoje, a plataforma tem uma lista de espera para ser acessada. É possível acessá-la através do seguinte link: https://texts.com/. Para furar a fila, há duas alternativas: receber indicação de um amigo já cadastrado ou assinar o serviço por US$ 12,50 (cerca de R$ 63).
O Texts informa que as assinaturas são sua única fonte de renda, até o momento.
O agregador de mensagens diz que não recebe o conteúdo enviado em servidores, o que garantiria a integridade da criptografia de ponta a ponta dos aplicativos. "Todas as mensagens são enviadas diretamente à plataforma."
Isso é feito a partir de um protocolo de distribuição de mensagens, que, simplificando, redireciona os conteúdos de forma automática do aplicativo de mensagens para a conta no Texts.
Dessa maneira, o Texts afirma que não armazena dados sensíveis de seus usuários. "As informações pessoais continuam seguras mesmo em um evento de vazamento de dados."
A plataforma foi financiada por executivos com ligados a Facebook, Twitter, Snapchat, a empresa de pagamentos Stripe, entre outros gigantes da tecnologia.
Essa é a solução mais centrada no usuário já tentada, ao dar uma alternativa para o usuário se desprender de plataformas e, ao mesmo tempo, dar suporte a todas elas, disse o chefe-executivo da Automattic, Matt Mullenweg, ao site especializado Verge. Outro ponto forte da plataforma é a criptografia, segundo Mullenweg.
A aquisição é o primeiro ensaio da Automattic na área de mensagens online. Até então, a empresa atua na área de publicação e comércio eletrônico.
A Meta, dona do WhatsApp, também pode estar trabalhando em soluções de integração de aplicativos de mensagem.
Em setembro, testadores do WhatsApp perceberam uma aba disfuncional com o título "Third-party chats", algo como, chat de terceiros.
A integração com aplicativos concorrentes é uma das novas exigências do novo marco regulatório europeu contra práticas anticoncorrenciais na internet –DMA (ato dos mercados digitais, em tradução livre).
O WhatsApp foi um dos 19 aplicativos das 6 maiores empresas de tecnologia listados pela União Europeia como alvo da nova regulação. O mensageiro reúne mais de 100 milhões de usuários no velho continente, segundo a plataforma de monitoramento Similar Web.
A Meta foi procurada pela Folha de S.Paulo à época e preferiu não comentar.
Fonte: AOMINUTO