Cerca de 411 mil arquivos maliciosos foram disparados todos os dias para usuários de internet do Brasil ao longo do ano passado. As ameaças incluem vírus que podem gerar invasões de computadores e celulares, ou ainda roubar dados e contas das vítimas. Os dados são da consultoria de cibersegurança Kaspersky.
O aumento foi de quase 3% em 2023, se comparado com o ano anterior. Alguns tipos específicos de ameaças também aumentaram, como os ataques abusando de documentos maliciosos do Microsoft Office, que cresceram 53%.
O tipo de malware mais difundido continua sendo o trojan. Porém, houve um aumento notável no uso de backdoors, que registravam 15 mil arquivos detectados por dia em 2022 e subiram para 40 mil em 2023.
Os backdoors destacam-se como uma ameaça mais perigosas que o trojan, e fornecem aos golpistas controle remoto sobre o sistema invadido para realizar tarefas como enviar, receber, executar e apagar conteúdos, bem como recolher dados confidenciais e registrar a atividade do computador.
Segundo Fabio Assolini, diretor da Equipe Global de Pesquisa e Análise da Kaspersky para a América Latina, cibercriminosos têm usado a inteligência artificial para criar mensagens cada vez mais convincentes para enganar as vítimas.
“Novos grupos surgem devida a proliferação da IA, que está sendo usada na criação de phishing (mensagens falsas) mais convincentes. Nestes tempos, é essencial, tanto para as grandes organizações como para cada pessoa, adotar soluções de segurança confiáveis", diz.
Bloqueios
O novo levantamento da Kaspersky mostra que quase 125 milhões de arquivos maliciosos foram bloqueados em 2023. O Windows continua como principal alvo desses ciberataques, sendo foco de 88% dos malware encontrados diariamente.
As famílias de malware disseminadas por meio de diferentes formatos de documentos estão entre as três principais ameaças, representando 10% de todos os arquivos maliciosos identificados diariamente.
Ameaças em documentos
Os especialistas da Kaspersky verificaram também um aumento diário de 53% de malware disfarçados de vários documentos — por exemplo, Microsoft Office, PDF etc. — que registraram um total próximo de 24 mil arquivos. O crescimento pode estar ligado a um aumento dos ataques de phishing (mensagens falsas) que usam arquivos PDF para realizar infecções nos sistemas para roubar dados.
Veja dicas
- Não baixe nem instale aplicativos de fontes não oficiais
- Não clique em links ou anúncios online desconhecidos
- Crie senhas fortes e únicas, incluindo uma mistura de letras maiúsculas e minúsculas, números e pontuação
- Ative a autenticação de dois fatores dos serviços on-line
- Instale sempre as atualizações. Algumas delas podem conter correções de problemas críticos de segurança
- Tenha um antivírus no celular e no computador
Fonte: TNH1