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Planta à base de carne? Cientistas invertem a lógica na busca pela comida do futuro

Você já deve ter ouvido falar – ou até comido – as chamadas “plant-based meats”, que são produtos feitos à base de vegetais, mas que simulam carne.

Você já deve ter ouvido falar – ou até comido – as chamadas “plant-based meats”, que são produtos feitos à base de vegetais, mas que simulam carne. Você tem, por exemplo, hambúrguer vegano feito com proteína de ervilha. Tem ainda filé de frango que, na verdade, não é frango, mas um composto de soja, grão-de-bico ou até lentilha.

O mercado apresenta cada vez mais opções desse tipo de alimento. E os cientistas afirmam que esse pode ser o futuro. Embora seja, de fato, mais sustentável, as carnes à base de planta ainda não caíram no gosto de todo mundo, até porque o sabor não lembra em nada os originais.

Pensando nisso, cientistas coreanos resolveram inverter a lógica e criaram uma “meat-based plants”, ou seja, um vegetal feito à base de proteína animal. É um híbrido de arroz com músculo de vaca e células de gordura. Os pesquisadores garantem que ficou com gosto de… sushi de carne!

Você pode se perguntar aí do outro lado: mas qual a necessidade disso? Os cientistas explicam no artigo científico publicado na revista Matter: você consegue sabor e nutrientes em larga escala, além de consumir menos carne bovina. Ou seja, trata-se de uma fonte de proteína mais barata e sustentável do que as que temos atualmente.

Como foi feita essa mistura?

  • Os pesquisadores primeiro revestiram cada grão de arroz com gelatina de peixe para ajudar as células da carne a se fixarem.
  • Em seguida, eles inseriram células-tronco de músculo e gordura de vaca em cada grão, que foram então deixadas para cultura em uma placa de Petri.
  • Os grãos de arroz apresentam uma estrutura interna porosa, mas organizada, permitindo que as células de carne cresçam e prosperem.
  • As células da carne crescem tanto na superfície do grão de arroz quanto dentro do próprio grão.
  • Após cerca de dez dias, você obtém um produto acabado.
  • Os grãos desse arroz híbrido ficam com um tom de rosa.
  • A equipe ainda prevê que um dia o gado poderá ser totalmente eliminado do processo.
  • Eles esperam desenvolver uma linhagem de células que continuem a se dividir e a crescer durante longos períodos de tempo, para que possam obter as células dessa linhagem em vez de vacas reais.
  • De acordo com Sohyeon Park, autor principal do estudo, se os cientistas avançarem nesse sentido, estaremos próximos do alimento do futuro.

“Depois disso, poderemos criar um sistema alimentar sustentável. Imagine obter todos os nutrientes que precisamos a partir de arroz proteico cultivado em células. Poderia um dia servir como ajuda alimentar para a fome, ração militar ou até mesmo comida espacial”, declarou Park à CNN.

Preocupação ambiental

Vale destacar que essa experiência coreana está apenas no laboratório por enquanto. Ou seja, o arroz rosa não vai aparecer nos mercados ou em restaurantes tão cedo.

A equipe ainda está refinando o processo de crescimento para produzir grãos com maior valor nutricional. Eles também esperam melhorar ainda mais o sabor, a textura e a cor.

A ideia é as “meat-based plants” possam viver em harmonia com as “plant-based meats”. Você escolheria o que gosta mais, uma vez que as duas opções são bem mais sustentáveis que a cadeia alimentar que temos hoje em dia.

E quando falamos em cadeia insustentável, existem 3 pilares para essa argumentação:

1) Pode faltar proteína no futuro, com o crescimento da população

Em 2050, a população global deve chegar à marca de 10 bilhões de pessoas e, com isso, a demanda por alimentos de origem animal pode aumentar em até 70% (em relação a 2010), de acordo com projeções de um relatório divulgado em 2018 pelo World Resources Institute.

2) A pecuária tem um peso importante nas emissões de gases do efeito estuda, que provocam o aquecimento global

Atualmente, a atividade é responsável pela emissão de 7 gigatoneladas de CO2 por ano, segundo a agência da ONU para a Alimentação e a Agricultura. A criação de gado bovino responde por cerca de 65% das emissões do setor, acima de outras espécies, como porco e frango.

3) A questão ética, com o abate de milhões de animais para um prazer humano

É o argumento defendido por vegetarianos e veganos. Segundo eles, os animais são sencientes, ou seja, capazes de sentir dor e sofrimento, e não devem ser explorados, confinados e abatidos para consumo humano.

As informações são do Engadget.

Fonte: TNH1

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