Até então, a plataforma de aluguéis curtos permitia o uso de câmeras nas chamadas áreas comuns das acomodações: salas de estar, corredores e o lado interno da porta de entrada. A presença das câmeras deveria ser anunciada ainda no anúncio do imóvel. Os dispositivos também deveriam estar claramente visíveis.
Monitoramento em quartos e banheiros já eram vedados pelas normas de privacidade do aplicativo.
A nova redação das regras da plataforma vem na sequência de reclamações de hóspedes sobre câmeras escondidas instaladas nos imóveis e tentativas de extorsão a partir das imagens captadas.
No Brasil, o caso de um casal que alugou um apartamento em Porto de Galinhas, no litoral pernambucano, e encontrou uma câmera atrás do espelho da tomada do quarto teve repercussão nacional neste ano.
A detecção de câmeras escondidas em imóveis é difícil, já que os aparelhos são minúsculos e podem estar disfarçados em diferentes objetos da propriedade.
"Em qualquer ponta de parafuso dá para fazer isso", afirmou, em entrevista à Folha de S.Paulo na ocasião, o detetive particular Wilson Teixeira, dono da WT Investigação.
Os novos termos de privacidade do Airbnb também trazem mudanças para instalação de câmeras externas.
Os aparelhos e sua localidade terão de estar anunciados no material da divulgação do imóvel. Além disso, não poderão estar voltados a áreas internas da propriedade ou em ambientes externos em que se espera privacidade, como duchas e saunas.
Os locadores também terão de anunciar se instalarem medidores de ruídos, comuns para verificar a realização de festas nas dependências do imóvel alugado. O Airbnb proíbe confraternizações em suas acomodações desde 2022.
Os administradores terão até o fim de abril para remover as câmeras e se adequarem às novas regras.
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Fonte: AOMINUTO