Ministros do governo Lula comemoraram, nos bastidores, o ato realizado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, na manhã do domingo (21/4).
Em conversas reservadas, ministros do atual presidente avaliaram que o ato foi menor que o realizado na Avenida Paulista em 25 de fevereiro, o que demonstraria uma suposta “perda de força” de Bolsonaro.
“Mais do mesmo. Sem novidades. Portanto, ruim para eles”, avaliou à coluna um influente ministro do governo Lula, pedindo reserva.
Na avaliação de outro auxiliar de Lula, a comparação entre os atos no Rio e em São Paulo seria uma demonstração de que Bolsonaro “perdeu o embalo”. “Está perdendo o vigor”, diz esse ministro.
Nos bastidores, auxiliares do atual presidente da República chamaram o ato de Bolsonaro, em tom de brincadeira, de “AnistiaPalooza”, em referência ao festival LollaPalooza e aos pedidos de anistia aos presos do 8 de Janeiro.
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Pesquisa aponta 32,7 mil presentes no Rio
Pesquisa “Monitor do Debate Político no Meio Digital“, da USP, calculou que o ato de Bolsonaro no Rio teria reunido 32,7 mil pessoas. A margem de erro é de 12 pontos percentuais para mais ou para menos.
O total de pessoas equivaleria a cerca de 18% das 185 mil pessoas que teriam comparecido ao ato em desagravo ao ex-presidente na Avenida Paulista, em fevereiro, segundo a mesma pesquisa.
O grupo da USP produziu imagens aéreas entre 10h (horário em que a manifestação,) e 12h30 (quando Bolsonaro concluiu seu discurso), contabilizando o público presente com auxílio de um software.
A contagem de 32,7 mil presentes foi computada no momento de pico, no auge do pronunciamento do ex-presidente, às 12h. Considerando a margem de erro, pode haver uma diferença de 3,9 mil pessoas para mais ou para menos.
Fonte: Metropoles