São Paulo — A Prefeitura de Ilhabela pretende tirar do papel o projeto do transporte público por barcos entre algumas das principais praias da cidade, no litoral de São Paulo. Os testes do Aquabus tiveram início na última quarta-feira (24/4), mas ainda não foi divulgada a data para início da operação comercial.
Segundo o prefeito da cidade, Antonio Luiz Colucci (PL), as embarcações ficaram abandonadas em uma marina por mais de cinco anos, o que levou, inclusive, a uma ação judicial contra a prefeitura.
Leia também
-
São Paulo Nunes decide tirar viação suspeita de elo com PCC do “ônibus aquático”
-
São Paulo Aquático e “dia de fúria”: as polêmicas com a Transwolff, alvo do MPSP
-
São Paulo Vídeo: homem é estuprado na frente de casa quando saía para trabalhar
-
São Paulo Veja o que abre e o que fecha no feriado do Dia do Trabalhador em SP
A administração municipal afirma que o transporte marítimo será feito com três barcos, com capacidade para 60 passageiros sentados cada um. O valor da passagem será o mesmo do transporte urbano por ônibus, sendo integrada também ao bilhete único municipal.
Na fase inicial da operação, o Aquabus terá como itinerário os píeres Praia Grande, Barra Velha, Perequê, Engenho D'Água, Vila (centro histórico do município) e Ponta Azeda. Os barcos terão nomes em homenagem a caiçaras que faziam travessia de lancha entre Ilhabela e São Sebastião no passado.
Capital paulista
Em São Paulo, o projeto do ônibus aquático na Represa Billings, na zona sul da cidade, está encalhado desde o ano passado. Após anunciar por diversas vezes os início da operação, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) esbarrou em decisões judiciais desfavoráveis que impediam o funcionamento do barco.
Somente no dia 14 de abril, a Justiça de São Paulo deu aval à inauguração do Aquático SP, atendendo a um recurso da Prefeitura. O Aquático SP estava barrado na Justiça desde o dia 26 de março, quando o juiz Antonio Augusto Galvão de França, da 4ª Vara da Fazenda Pública, considerou que o projeto tinha "elevado risco de dano ambiental" e vetou o início do transporte na represa, atendendo a um pedido do Ministério Público de São Paulo (MPSP).
Apesar da liberação na Justiça, ainda não teve início a operação do Aquático. A empresa que seria responsável pelos barcos, a Transwolff, esteve envolvida recentemente em investigação que a aponta como suspeita de ligação com o Primeiro Comando da Capital (PCC). A prefeitura anunciou, então, que tocaria por conta própria a gestão do Aquático.
Fonte: Metropoles