Organizada e com em tentáculos espalhados por vários estados do país e no Distrito Federal, um grupo criminoso fatura alto, simulando a venda de lotes com os mais variados eletrodomésticos, eletrônicos e até veículos. O esquema de estelionato arregimenta influenciadores digitais para chancelar a suposta honestidade dos anúncios publicados nas redes sociais.
Com promoções atrativas, o bando de estelionatários controla perfis de lojas digitais em várias plataformas e justifica os baixos preços por “comprarem diretamente de fornecedores”. Outro ponto explorado pela gangue é que a loja virtual não possui unidades físicas e, por isso, consegue oferecer valores abaixo do praticado no mercado de varejo.
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Os influenciadores receberiam os produtos encomendados e, aparentemente, sem conhecimento sobre os estelionatos, anunciam o serviço exaltando a “honestidade” dos vendedores, que são, na verdade, golpistas. As ofertas são completamente fora da realidade, como a oportunidade de pagar apenas R$ 750 por 15 unidades de airfryers. Ainda era possível pagar R$ 1,6 mil por quatro televisões de 55 polegadas, com resolução em 4K, ou módicos R$ 2 mil por uma bicicleta elétrica.
Veja anúncios publicados pelos golpistas em falsas lojas virtuais:
Gangue usa influencers para enganar clientes: "15 aifryers por R$ 750" Gangue usa influencers para enganar clientes: "15 aifryers por R$ 750" Gangue usa influencers para enganar clientes: "15 aifryers por R$ 750" Gangue usa influencers para enganar clientes: "15 aifryers por R$ 750" 0Golpes no DF
Uma série de ocorrências foram registradas no Distrito Federal. Em uma delas, um servidor da Caixa Econômica Federal desembolsou R$ 66 mil na compra de um carro modelo Onix Turbo. Foram feitas pelo menos três transferências, via Pix, da vítima para a diferentes contas bancárias. O servidor perdeu o dinheiro e jamais recebeu o veículo.
Em outro caso, uma jovem comprou dois iPhones 14, pelo valor, total, de R$ 7.588,48. Os produtos nunca chegaram. Depois de perceberem que poderia ser um golpe, as duas vítimas brasilienses solicitaram o reembolso e a suposta loja virtual pediu prazo de 30 dias para devolver a quantia. O valor jamais foi ressarcido.
Quando os compradores percebem o golpe e tentam recuperar o dinheiro, a loja costuma enviar mensagens para ganhar tempo e evitar que as vítimas registrem ocorrência. Os criminosos garantem que as compras estão demorando a chegar por conta de problemas mecânicos em um caminhão de entrega, ou restrição da Receita Federal na liberação.
Fonte: Metropoles