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dentro de residência

Vídeo: centenas de cães são flagrados em situação de maus-tratos após suspeita de canibalismo, em Maceió

Centenas de cães foram flagrados em ambiente insalubre dentro de uma residência que seria usada como ONG, no bairro de Santa Amélia, em Maceió, na manhã desta quinta-feira, 28.

Centenas de cães foram flagrados em ambiente insalubre dentro de uma residência que seria usada como ONG, no bairro de Santa Amélia, em Maceió, na manhã desta quinta-feira, 28. A Polícia Civil de Alagoas, a Vigilância Sanitária de Maceió, e a Unidade de Vigilância em Zoonoses (UVZ) estiveram no abrigo para os animais e entraram em contato com a proprietária do imóvel para os devidos esclarecimentos. A Delegacia de Crimes Ambientais e Proteção Animal confirmou que deve autuar a responsável pelos cachorros por maus-tratos. 

Segundo a polícia, a denúncia de vizinhos levou as equipes para a casa, onde os cachorros foram encontrados em desordem entre a área externa e interna do local, com parte deles aparentemente doente. Ossadas de animais também foram flagradas na residência e a polícia suspeita de canibalismo entre os bichos. Assista abaixo:

"Nós recebemos diversas denúncias, e o inquérito segue em andamento. É um descaso total com os animais. Nós acionamos a Zoonoses, a Vigilância Sanitária, o IMA, a Ufal, para fazermos uma análise e procurarmos um abrigo para eles. Os animais acabam matando uns aos outros para comer, um canibalismo, pois estão com fome. Já encontramos ossadas, tem um cachorro quase morrendo. Temos que fazer algo para não deixarmos esses animais sofrerem como estão sofrendo aqui", disse o delegado Robervaldo Davino em entrevista ao repórter Hélio Góes, durante o programa Pajuçara na Hora, na Rádio Pajuçara FM.

"A polícia vai responsabilizar a proprietária por dois crimes, pois aqui há indícios de maus-tratos. Agora vamos decidir qual será o abrigo dos animais. Nós autuamos os autores de maus-tratos, mas não temos onde abrigar os animais. Isso cabe ao poder público decidir algum local", acrescentou Davino ao destacar que os vizinhos reclamaram da fedentina, assim como do risco de doenças transmissíveis.

O coordenador da UVZ, Dario Guedes, destacou que os animais vão passar por exames para detectar doenças como leishmaniose, que provoca úlceras na pele e mucosas, e que pode ser transmitida para os humanos. "Estamos fazendo exames de leishmaniose, e vamos vacinar os animais, enquanto não tomamos a decisão para onde realocá-los. Está uma calamidade. Tem até um cão dentro da casa isolado, já falecendo. A proprietária disse que aqui é uma ONG, mas ela se caracteriza como acumuladora de animais. É uma casa sem suporte e sem estrutura nenhuma, e não serve para abrigar animais. É tudo solto e misturado, não tem como separar macho e fêmea. Muitos animais estão doentes, estão com hematomas", disse Guedes.

"É um risco muito sério, se um mosquito picar um cachorro desse e picar uma pessoa, essa pessoa pode contrair leishmaniose. Após os exames, vamos concluir quais estão com a doença e vamos realocá-los para o devido tratamento", complementou o coordenador da UVZ. 

Airton dos Santos, coordenador da Vigilância Sanitária, ressaltou a importância do trabalho de fiscalização. "As denúncias são muito importantes para que a gente possa chegar nos locais, e aí fazer uma avaliação das condições insalubres e irregulares. São centenas de cães, aproximadamente 300, alguns morrendo, isso já caracteriza crimes de maus-tratos. A Vigilância está com o olho vivo, em conjunto com todos os órgãos responsáveis, para a gente ver o que pode ser feito", afirmou.

Ainda segundo o que foi passado para a reportagem, uma equipe da Superintendência Municipal de Desenvolvimento Sustentável (Sudes) foi solicitada para a limpeza da local. Até a publicação da matéria, a dona do imóvel não havia sido localizada e deve ser intimada pela polícia.

Fonte: TNH1

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