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Na eleição para prefeito de São Paulo, o próximo alvo será Marçal

A política, tal como se vê ou é retratada, sugere que o empresário e coach Pablo Marçal (PRTB-SP), depois de Ricardo Nunes (MDB-SP), será a bola da vez a ser duramente pressionada no embate pela prefeitura de São Paulo.

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Foto: Metrópoles

A política, tal como se vê ou é retratada, sugere que o empresário e coach Pablo Marçal (PRTB-SP), depois de Ricardo Nunes (MDB-SP), será a bola da vez a ser duramente pressionada no embate pela prefeitura de São Paulo. Já começou a ser indiretamente.

Candidato à reeleição, Nunes foi obrigado por Bolsonaro a engolir como vice o coronel da reserva da Polícia Militar Ricardo de Mello Araújo (PL), um bolsonarista raiz. A chapa dos xarás é a mais pesada das tantas que disputarão as eleições em São Paulo.

Nunes não tem carisma, é um orador sem brilho e não conseguiu imprimir uma marca ao seu atual mandato. É empurrado pela força natural do cargo que ocupa, o dinheiro que tem para gastar e o apoio do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Mello Araújo nunca disputou uma eleição. E seu passado como comandante da Rota, batalhão de elite da Polícia Militar, conhecido pelo alto grau de letalidade de suas ações e relatos de violência, não o favorece na hora de atrair votos.

Em seu primeiro evento público após o anúncio do coronel como vice, Nunes começou a ouvir críticas à aliança disparadas por calos eleitorais que poderiam vir a apoiá-lo. Foi na inauguração de um campo de futebol na Vila dos Andrades, na zona norte da cidade.

Ao lado de Nunes, Guilherme Corrêa, líder comunitário e membro do movimento Salve Periférico, disse que leu no noticiário que Bolsonaro foi quem indicou o coronel para vice de Nunes. E comentou sem meias palavras:

“Nós que somos favela não aceitamos mais armas na comunidade. A gente quer livros, Bíblia, pessoas com o olhar social. Favela é tudo menos arma. Favela não tem vagabundo”.

Em 2017, o coronel defendeu uma diferença de tratamento em abordagens policiais nos Jardins, área nobre da capital paulista, e na periferia da cidade. Ele disse em entrevista ao UOL:

“É uma outra realidade. São pessoas diferentes que transitam por lá. A forma de abordar tem que ser diferente. Se ele [policial] for abordar uma pessoa [na periferia], da mesma forma que ele for abordar uma pessoa aqui nos Jardins, ele vai ter dificuldade. Ele não vai ser respeitado”.

Vereadores da base de Nunes que atuam nas periferias o alertam para a dificuldade que terão de incluir o nome do coronel em seus materiais de campanha. Muitos torcem para que até a data de registro oficial da chapa, o coronel seja substituído por outro vice.

Marçal comemora a escolha do coronel por achar que isso o beneficia. Parece esquecer que a política real pouco tem a ver com a política retratada. A política real é uma guerra de vida ou morte, sem regras, travada às escuras e com as armas mais cruéis.

A fragmentação da direita abre espaço para o crescimento da candidatura a prefeito de Guilherme Boulos, candidato do PSOL, do PT e particularmente de Lula. E para a direita de todos os tons, o que mais interessa é impedir que Lula vença em São Paulo.

O primeiro tiro disparado contra Marçal atingiu Leonardo Avalanche, presidente nacional do PRTB, que o marqueteiro Michel Winter, filiado ao partido, acusa de ameaçá-lo de morte. Winter escreveu para Avalanche:

"Me aguarde. Vou mostrar tudo que tenho, inclusive ameaça de morte. Agora quero ver se você é bandido mesmo! E se mata mesmo". Foi um tiro de advertência. O próximo terá como alvo o próprio Marçal para fazê-lo desistir de sua candidatura.

Avalanche, Marçal, esse tipo de gente esconde muitas coisas que preferem que o distinto público ignore. Pois serão confrontados com informações e documentos e poderão ter que sair do meio do caminho de Nunes, já tão fragilizado. Vale tudo.

Fonte: Metropoles

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