São Paulo – Antes de ser assassinada a facadas, na zona sul de São Paulo, a jovem Bárbara Petermann Schack, de 20 anos, compartilhou nas redes sociais uma foto na qual segura uma troca de mensagens com o então namorado, Kauan Alves, 19, em que ele tenta se justificar por ter agredido a moça.
Com o olho esquerdo roxo, a influencer ainda legendou a fogo afirmando: “Não foi tapinha, muito menos soco, isso aqui foi eu sendo pisada, da mesma forma que Deus vai pesar a mão dele em você. Sem noção, [seu] comédia”.
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Kauan é apontado pela polícia como o principal suspeito pelo feminicídio de Bárbara, que foi encontrada por policiais militares gravemente ferida em casa, na madrugada de quinta-feira (4/7), com um lençol sobre ela.
A jovem foi encaminhada por bombeiros ao Hospital Geral do Grajaú, mas não resistiu aos ferimentos. A arma usada no crime ainda não foi localizada.
Na conversa com Kauan, compartilhada por Bárbara antes do assassinato, o então namorado tenta argumentar a violência, que teria sido provocada após ela descobrir uma traição do namorado (ouça abaixo).
“Acabei com nós”
Nas mensagens enviadas para Bárbara, Kauan argumenta que as agressões ocorreram “sem motivo”, “em cima de ciúmes doentio”, embasadas no “medo de perder” a namorada. “Mal sabia eu que tudo que fiz só acabou com tudo de verdade”, disse.
“Acabei literalmente com tudo, acabei com nós, acabei com minha mente, acabei com tudo que você sentia por mim, num dia eu destruí tudo.”
A Polícia Civil foi procurada, mas não informou se Kauan já havia sido localizado e ouvido até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto.
Dupla suspeita
Como mostrou o Metrópoles, Kauan e outro suspeito teriam sido vistos por uma vizinha, logo após ambos desembarcarem de uma moto e entrarem na casa de Bárbara, na qual ela morava com outra jovem, Camilly Rodrigues Oliveira, 19, que teria testemunhado o assassinato. O ex-namorado e o suposto comparsa fugiram em seguida.
Camilly ligou para a mãe na madrugada do crime. No telefonema, segundo a mãe, Camilly afirmou, enquanto chorava: "Kauan matou a Bárbara, deu facadas nela", encerrando a ligação em seguida.
Segundo registros policiais, Camilly não atendeu aos telefonemas da mãe, feitos após ela relatar as facadas sofridas pela amiga. Ela também foi vista por uma vizinha embarcando em um carro, que estacionou em frente à casa da vítima instantes após a dupla de prováveis assassinos saírem do local.
A mãe de Camilly então correu até a casa das duas jovens, onde a PM já havia chegado e isolado o local, para a realização de perícia.
Até a publicação desta reportagem, Kauan e o outro suposto suspeito pelo crime não haviam sido localizados, da mesma forma que sua defesa. O espaço segue aberto para manifestações.
Bárbara foi sepultada, no início da tarde desta sexta-feira (5/7), no Cemitério Parque das Cerejeiras, no Jardim Ãngela.
Fonte: Metropoles