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Joias sauditas: ex-CGU de Bolsonaro ajudou na defesa de Cid

O ministro da Controladoria-Geral da República (CGU) do governo Bolsonaro, Wagner Rosário, ajudou o tenente-coronel Mauro Cid, auxiliar do então presidente, a se defender na investigação das joias sauditas.

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Foto: Metrópoles

O ministro da Controladoria-Geral da República (CGU) do governo Bolsonaro, Wagner Rosário, ajudou o tenente-coronel Mauro Cid, auxiliar do então presidente, a se defender na investigação das joias sauditas. A Polícia Federal (PF) interceptou mensagens entre Cid e Rosário, que tiveram o sigilo retirado nesta segunda-feira (8/7).

As mensagens são de março do ano passado. Naquela época, o entorno de Jair Bolsonaro estava aflito com a iminência de uma decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) que ordenaria a devolução dos presentes à União, segundo a investigação. O grupo havia vendido irregularmente joias presenteadas ao governo brasileiro pelo governo saudita durante uma viagem oficial de Bolsonaro.

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Em 7 de março de 2023, Wagner Rosário escreveu para Cid: “Cid, bom dia. Me manda aquele arquivo zipado que o Julio mandou!!! O meu apagou”. Para a PF, Rosário se referiu a arquivos enviados quatro dias antes a Cid por Julio Cesar Vieira Gomes, ex-chefe da Receita Federal. Os documentos tratavam do caso das joias, incluindo o termo de retenção. Gomes atuou para tentar liberar as joias apreendidas no aeroporto de Guarulhos, sem sucesso, ainda segundo o relatório da PF.

Em 28 de março, três semanas depois da conversa, Cid voltou a trocar mensagens com Wagner Rosário, controlador-geral do estado de São Paulo. O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro pediu ajuda para se defender em um processo na Comissão de Ética da Presidência. "Me mandaram isso do Conselho de Ética. Para ver se estão boas as respostas", afirmou, ao que Rosário respondeu: “Lendo aqui”. Depois, Rosário ligou duas vezes para Cid, que estava em voo e prometeu retornar o contato.

A Polícia Federal indiciou Bolsonaro, Cid e mais dez pelo desvio de joias do acervo presidencial. Segundo as investigações, Bolsonaro desviou R$ 6,8 milhões com venda ilícita de joias e recebeu os recursos em dinheiro vivo.

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Fonte: Metropoles

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