No ranking da capitais com as maiores taxas de homicídios do Brasil, Salvador aparece na primeira colocação, com 66,4 mortes por grupo de 100 mil habitantes. Em números absolutos, foram 1.568 assassinatos em 2022.
Os dados são do levantamento "Atlas da Violência dos Municípios 2024", elaborado pelo Instituto de Pesquisa Aplicada (Ipea). Foram levados em conta informações do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde (MS), e do Censo Demográfico 2022, do IBGE.
Entre as 10 capitais com as maiores taxas de homicídios, seis são da Região Nordeste do Brasil. Outras quatro são do Norte do país. Depois de Salvador, aparecem, na sequência: Macapá (55,8 homicídios por 100 mil habitantes), Manaus (55,7), Porto Velho (47,6), Fortaleza (45,3), Recife (44,7), Aracaju (41,8), Maceió (41,5), Teresina (40,4) e Boa Vista (39,2).
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As três capitais com menores taxas de homicídio são: Florianópolis (8,9), Brasília (13) e Cuiabá (15,2). Os responsáveis pelo levantamento do Ipea consideraram mortes causadas por agressão, intervenção policial (legal) e operações de guerra e ainda "homicídios ocultos". Esta última classificação se refere a mortes violentas em circunstâncias em que não foi possível determinar a causa específica. Veja:
A média nacional de mortes violentas por 100 mil habitantes, em 2022, foi de 21,7. Em números absolutos, registrou-se 52.391 homicídios.
Maior capital brasileira em número de habitantes, São Paulo lidera em número absolutos de homicídios: 1.762. No entanto, a taxa de homicídios quando relativizada pelo tamanho da população foi proporcionalmente baixa em comparação com as demais capitais: 15,4.
Chama a atenção a quantidade de homicídios ocultos na capital paulista. Das 1.762 mortes violentas, em 2022, 1.418 não tiveram a causa específica determinada, ou seja, apenas 344 homicídios foram registrados corretamente.
Facções criminosas
Os pesquisadores do Ipea destacam, entre outros pontos, a expansão de facções criminosas do Rio e de São Paulo para as regiões Norte e Nordeste do país como fator importante nos índices de mortes violentas.
"A atuação dessas facções permeia desde a entrada da droga no país, nas regiões fronteiriças com a Bolívia e o Paraguai, no caso dos estados do Centro-Oeste, ou mesmo no território da Amazônia Legal, no Norte, até a exportação da mesma via litoral brasileiro, principalmente no Nordeste", detalha trecho do relatório.
Fonte: Metropoles