A Justiça de Alagoas manteve a prisão preventiva do empresário e colecionador de armas (CAC) Reginaldo da Silva Santana, também conhecido como Giba, que foi preso em Arapiraca após confessar ser o autor de uma chacina onde quatro pessoas foram mortas, em abril deste ano. As vítimas foram os irmãos Lucas da Silva Santos, de 15 anos, Letícia da Silva Santos, 20 anos, a companheira de Lucas, Joselene de Souza Santos, 17 anos, e Erick Juan de Lima Silva, 20 anos, que seria companheiro de Letícia.
A decisão é do juiz Alberto de Almeida, da 5ª Vara de Arapiraca, e foi publicada nessa terça-feira (23). No parecer, o magistrado cita que a manutenção da prisão do réu é necessária para assegurar a garantia da ordem pública, sob a justificativa de que ele praticou diversos crimes que atingem a paz social e que ainda poderá cometer novos delitos.
O juiz ainda cita que o colecionador, supostamente, matou as vítimas por motivo fútil e mediante recurso que impossibilitou a defesa dela. Veja, abaixo, o que disse o magistrado.
- Regivaldo da Silva Santana, movido por elevado animus necandi, supostamente, por motivo fútil e mediante recurso que impossibilitou a defesa das vítimas, matou as vítimas Lucas da Silva Santos e Erik Juan de Lima Silva e logo após, para ocultar esses delitos, matou Letícia da Silva Santos e Joselene de Souza Santos, mediante recurso que impossibilitou a defesa de tais vítimas;
- Além disso, em comunhão de desígnios com os denunciados Wesley Santana Sá e Adriano Santos Lima, ocultaram os cadáveres das vítimas. E, como se não bastasse, quando preso em flagrante, Regivaldo possuía acessório de arma de fogo de uso restrito sem autorização e em desacordo com determinação regulamentar, bem como possuía cobras em cativeiro, estas silvestres, sem permissão da autoridade competente;
- A partir disso, o fumus comissi delicti resta devidamente caracterizado e fundamentado na decisão de recebimento da denúncia, na qual se reconheceu indícios da autoria em desfavor de Regivaldo da Silva Santos e a prova irrefutável da materialidade delitiva do crime de homicídio qualificado cometido em desfavor das vítimas;
- Vê-se sua sedimentação no requisito da necessidade de se assegurar a garantia da ordem pública, na medida em que o acusado, supostamente, praticou diversos crimes que atingem a paz social, bem como, se lavrado solto o acusado poderá cometer novos delitos e gerar ainda mais perturbação social. Além do mais, consta nos autos que Wesley Santana Sá e Adriano Santos Lima, supostamente, foram coagidos pelo denunciado a praticar os delitos.
Dois réus vão cumprir medidas cautelares em Sergipe
A Justiça de Alagoas determinou que os réus Wesley Santana Sá e Adriano Santos Lima, acusados de participar de uma chacina que terminou com quatro pessoas mortas, em Arapiraca, cumpram medidas cautelares na cidade de Gararu, no interior de Sergipe. A decisão foi publicada na última sexta-feira,19, pelo do juiz Alberto de Almeida, da 5ª Vara de Arapiraca, após os dois réus conseguirem o benefício de responder ao crime em liberdade.
Na decisão, o magistrado cita o pedido da defesa dos dois réus, que possuem residência fixa no município. Após apresentar parecer favorável ao pedido da defesa, o juiz determinou que fosse expedida uma carta precatória para o juízo de Gararu, para acompanhar o cumprimento das medidas cautelares aos réus.
Wesley Santana e Adriano Santos Lima foram acusados de terem ajudado o escultor e colecionador de armas (CAC) Reginaldo da Silva Santana a matar as quatro pessoas e esconder os corpos delas dentro de um poço.
O caso - O empresário de 38 anos, identificado como Reginaldo da Silva Santana, também conhecido como Giba, foi preso em Arapiraca após confessar ter assassinado dois homens e duas mulheres. A Justiça decretou a prisão preventiva do empresário um dia após o crime ser descoberto, em abril deste ano. No mesmo dia, outras duas pessoas ligadas ao caso foram detidas na cidade de Nossa Senhora da Glória, no estado de Sergipe.
- O resgate dos quatro corpos da vítimas de uma chacina em Arapiraca, no Agreste, mobilizou equipes do Corpo de Bombeiros de Alagoas.
- Os militares foram acionados pela Polícia Civil, e o trabalho de resgate durou cerca de 5 horas.
- Ainda de acordo com os bombeiros, os corpos foram encontrados submerso, dentro de um poço, em uma profundidade de 8 metros.
- As quatro vítimas da chacina são os irmãos Letícia da Silva Santos, 20 anos, e Lucas da Silva Santos, de 15 anos; Joselene de Souza Santos, 17 anos (companheira de Lucas) e Erick Juan de Lima Silva, 20 anos, que seria companheiro de Letícia.
Fonte: TNH1