O cumprimento da pena do homem considerado o mentor intelectual dos atentados de 11 de setembro teve uma reviravolta. Um acordo de culpabilidade entre os Estados Unidos e Khalid Sheikh Mohammed foi anulado por não constar nele a possibilidade de pena de morte.
“Determinei que, à luz da importância da decisão de chegar a acordos prévios ao julgamento com os acusados ( ) a responsabilidade por esta decisão deve recair sobre mim”, explicou o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, por meio de uma nota emitida pelo Pentágono.
Mohammed está preso em Guantánamo e o acordo havia sido negociado por uma supervisora do tribunal militar da prisão. O anúncio do termo havia sido feito na quarta-feira (31/8).
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Com o acordo que havia sido firmado anteriormente e que agora foi anulado, Mohammed e mais dois outros homens conseguiriam escapar da condenação à pena de morte.
Mohammed foi preso em 2003, no Paquistão. Ele teria transitado entre várias instalações secretas da CIA, agência de inteligência norte-americana. Depois disto, foi levado para Guantánamo. No local, ele teria passado por mais de 200 sessões de tortura e ficou sem advogado por anos.
Mohammed tinha a confiança do líder da rede terrorista al-Qaeda, Osama bin Laden. Este último foi morto por tropas dos EUA no Paquistão em 2011. O homem que pode receber pena de morte confessou outros atentados praticados contra os Estados Unidos. Um deles foi também ao World Trade Center, em Nova York, em 1993.
Os ataques de 11 de setembro mataram milhares de pessoas. Além das torres gêmeas, o Pentágono, em Washington, foi atingido.
Fonte: Metropoles