A tragédia que matou cinco pessoas em Planaltina faz parte de uma estatística que tem aumentado no Distrito Federal. Nos oito primeiros meses de 2024, o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) apagou 1.445 incêndios em edificações na capital do país. O número é 16,72% superior ao registrado no mesmo período do ano anterior, quando 1.238 focos em prédios foram debelados, de 1º de janeiro a 9 de agosto.
Os militares não discriminam, nos dados, o tipo de edifício — comercial, escolar, residencial, hospitalar, etc. — atingidos pelo fogo.
Na noite dessa segunda-feira (12/8), as chamas tomaram conta de um barraco de madeira, causando a morte de uma família que estava dormindo. Das cinco vítimas, três eram crianças.
8 imagensHugo Barreto/Metrópoles @hugobarretophotoHugo Barreto/Metrópoles @hugobarretophotoHugo Barreto/Metrópoles @hugobarretophotoHugo Barreto/Metrópoles @hugobarretophotoHugo Barreto/Metrópoles @hugobarretophotoHugo Barreto/Metrópoles @hugobarretophotoHugo Barreto/Metrópoles @hugobarretophotoHugo Barreto/Metrópoles @hugobarretophotoO Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF), encontrou partes de corpos humanos nas cinzas do incêndio do local.
Os fragmentos aparentam ser de mãos e tiveram de ser levados ao Instituto de Medicina Legal (IML) para investigação, conforme revelou a coluna Na Mira.
O Metrópoles também apurou que as vítimas são Ione da Conceição Silva, 43 anos; a filha dela, Eulália Narim da Conceição, 5 anos; e as netas de Ione, Sophya Hellena Conceição Costa, 8 anos; Kathleen Vitoria da Conceição Silva, 14 anos; e Marybella Marinho da Silva, 9 anos.
Testemunhas informaram que Ione acendia uma vela todas as segundas-feiras, o que pode ter provocado o incêndio.
A perícia do Instituto de Criminalística (IC) da Polícia Civil do DF (PCDF), no entanto, ainda não confirmou a versão dos populares.
Há menos de um mês, em 27 de julho, outro incêndio que chamou a atenção ocorreu no o edifício-sede do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em Brasília, foi uma das edificações atingidas por fogo. As chamas e a forte fumaça chamaram a atenção no Setor de Autarquias Sul e mobilizaram dezenas de bombeiros. Três pessoas foram levadas a hospitais – duas por inalarem fumaça e uma com ferimento nos pés.
Havia cinco trabalhadores no prédio no momento do incêndio. Desses, dois estavam no terraço e foram levados de helicóptero ao Hospital Regional da Asa Norte (Hran) – unidade da rede pública especializados em vítimas de queimaduras – após inalarem fumaça.
Após o incêndio, a sede foi parcialmente interditada pela Subsecretaria do Sistema de Defesa Civil, vinculada à Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF).
"Durante a vistoria, verificou-se que o incêndio a atingiu principalmente a região de circulação vertical da edificação (caixas de escada, elevadores, ar-condicionado, cabeamentos e equipamentos elétricos). No ato da vistoria, não foi identificada nenhuma patologia estrutural aparente nos andares da edificação", informou a pasta em nota divulgada no domingo (28/7).
Em casos de incêndios a residências, os bombeiros do Distrito Federal orientam a população a tomar cuidado com velas acesas. Em informes no site da corporação, os militares avisam que cerca de 20% dos incêndios são causados por velas acesas.
A recomendação é sempre manter as velas em castiçais ou em recipientes de vidro, cerâmica ou com água em volta. Também é aconselhável evitar deixar crianças sozinhas com velas acesas.
Outra orientação é deixar o item longe de cortinas, roupas, papéis. Também deve evitar se locomover com elas acesas.
Para emergências, o número de contato dos Corpo de Bombeiros é 193.
Fonte: Metropoles