O empresário Raimundo Cleofás Alves Aristides Júnior, 41 anos, (foto em destaque) responderá pelos crimes de lesão corporal, desobediência e embriaguez ao volante. Ele era investigado por tentar matar um policial militar ao fugir de uma blitz com a BMW que dirigia, em outubro de 2023, na Estrada Parque Abastecimento e Armazenagem (DF-010).
Nessa segunda-feira (12/8), Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) inocentou Raimundo Cleofás da acusação de tentativa de homicídio contra o PM. Para o juiz de direito Paulo Rogério Santos Giordano, que analisou o processo, o empresário não cometeu crime contra a vida.
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"É possível ver nitidamente que o réu, de fato, fez uma manobra para o lado direito, mas apenas com intenção de 'sair da traseira' do [Renault] Kwid [que estava a frente], em nenhum momento lançando o veículo [a BMW] na direção do policial. [Ele] encostou levemente o para-choque dianteiro nas pernas do policial, nitidamente com o propósito de que o policial se afastasse para o lado, e, assim, [que] pudesse fugir. O policial assim fez, e o contato superficial sequer foi capaz de empurrá-lo, muito menos de derrubá-lo", destacou o magistrado na decisão.
Uma gravação mostra o momento exato em que condutor e os policiais agiram. Assista:
Blitz, perseguição e morte
No dia do ocorrido, 28 de outubro de 2023, a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) havia montado uma blitz da Operação Álcool Zero na DF-010, em área perto de bares. Por volta das 23h, Raimundo foi parado.
Os PMs chegaram a pedir que ele descesse do veículo. No entanto, o empresário não obedeceu ao comando e arrancou com o carro. O motorista quase atropelou um policial militar e tentou fugir.Pouco depois, policiais atiraram contra o veículo e iniciaram uma perseguição à BMW. Pouco depois de escapar, já na altura do Eixo Monumental, Raimundo parou o automóvel e se entregou.
Em seguida, os PMs encontraram um passageiro ferido por tiros dentro do carro do empresário. A vítima era Islan da Cruz Nogueira, de 24 anos. O jovem, que estava no banco de carona, foi atingido na cabeça. Islan era morador de São Sebastião. No dia da morte, ele havia ido para um evento em um casa de shows na região central de Brasília.
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