São Paulo — O Primeiro Comando de Vitória (PCV) ganhou o noticiário após a prisão do traficante Peida Leite, um dos principais nomes da facção que está expandindo sua atuação no tráfico de drogas no Espírito Santo.
A facção surgiu a partir do contato de Carlos Alberto Furtado da Silva, conhecido como Nego Beto, com integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) em uma passagem pelo sistema penitenciário federal.
O estatuto do PCV, documento que dita as regras do grupo e criado em 2010, foi, inclusive, inspirado nas diretrizes da facção paulista.
Com o tempo, Nego Beto e outros líderes do PCV se tornaram aliados do Comando Vermelho e não possuem mais ligações com o PCC.
Atualmente, Nego Beto está em uma penitenciária federal no Norte do país. Preso, ele contava com o braço direito Fernando Moraes Pereira Pimenta, o Marujo, preso em março deste ano, que era responsável por administrar as comunidades sob o comando de dois homens, atualmente detidos no Complexo Penitenciário II, em Vila Velha. Peida Leite seria o terceiro nessa hierarquia.
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Após a prisão de Marujo e de Peida Leite, a polícia entende que, neste momento, não há uma liderança que centralize o poder.
As operações da Polícia Civil na Grande Vitória resultaram na prisão de três integrantes do PCV. Em menos de 10 dias, foram presos André Israel Xavier Cruz, conhecido como CH; Felipe Dias do Espírito Santo, chamado de B2; e Peida Leite.
Peida Leite foi preso na noite desta última quarta-feira (16/10), em Ataíde, Vila Velha. Após a prisão de Marujo, ele adquiriu responsabilidades na facção, já que era membro de alta escalão da hierarquia do PCV.
O PCV é ambicioso e tem a intenção de expandir ainda mais sua atuação no tráfico de drogas da região. Segundo o delegado da Polícia Civil Alan Moreno de Andrade, a facção busca adquirir domínio sobre as comunidades controladas pelo Terceiro Comando Puro (TCP), como Sagrada Família, Argolas e Vila Garrido. Os confrontos armados entre os grupos criminosos são frequentes.
Fonte: Metropoles