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Bolsonaro resgata post de Tebet para provocar governo sobre dólar alto

Em meio à tensão crescente do mercado financeiro, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) resgatou, nesta sexta-feira (1º/11), um post de 2022 da atual ministra do Planejamento e Orçamento do governo Lula, Simone Tebet, sobre a alta do dólar.


Foto: Metrópoles

Em meio à tensão crescente do mercado financeiro, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) resgatou, nesta sexta-feira (1º/11), um post de 2022 da atual ministra do Planejamento e Orçamento do governo Lula, Simone Tebet, sobre a alta do dólar.

Na publicação, de junho de 2022, a então senadora citou o dólar acima de R$ 5 para dizer que o governo de Bolsonaro não garantia segurança jurídica para os investidores. Naquele ano, Tebet disputou a Presidência da República pelo MDB, terminando a disputa em terceiro lugar. No segundo turno, ela apoiou o petista Luiz Inácio Lula da Silva.

O dólar à vista abriu a sessão desta sexta, a primeira do mês de novembro, em alta no Brasil. A moeda norte-americana chegou a ser cotada em R$ 5,87, na máxima do dia.

"Tudo é relativo nesta democracia inabalável", escreveu Bolsonaro. Veja o post:

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Entenda a alta do dólar

A taxa de câmbio segue nas alturas desde o início da semana. O motivo da alta é a preocupação do mercado financeiro com a "demora" da divulgação das medidas do governo federal para a revisão de gastos públicos, além da repercussão de dados econômicos — o que pode gerar um quadro inflacionário no país.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reconheceu a inquietação, mas defendeu cautela antes da apresentação das medidas.

"Fizemos uma boa proposta, uma fórmula adequada. Assim como o arcabouço [fiscal], no ano passado, dissipou incertezas, e a gente teve um ano excelente na sequência, com queda do juro, queda do dólar, ancoragem das expectativas. Eu espero que aconteça a mesma coisa [neste ano]. O trabalho que nós estamos fazendo é para que isso aconteça de novo", afirmou Haddad na última quarta (30/10).

"Entendo a inquietação, faz parte. O mundo está nervoso por causa das eleições nos Estados Unidos, tem desaceleração na China, commodity está no vai e vem, mas com tendência de queda. Tem vários elementos que estão compondo esse quadro", declarou.

Nessa quinta-feira (31/10), o dólar encerrou em alta de 0,31%, cotado a R$ 5,78, o maior valor em três anos. Com o resultado, a moeda fechou o mês de outubro com uma valorização de 6,14%.

Metropoles

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