Antes de as denúncias de importunação e assédio sexual virem à tona em setembro, o ex-ministro dos Direitos Humanos Silvio Almeida já havia avisado sua família que poderia ser alvo de acusação grave.
A coluna apurou que, semanas antes de o Metrópoles revelar as denúncias, Silvio reuniu mulheres da família para falar que estaria sendo “perseguido” politicamente por pessoas que o queriam fora do governo Lula.
4 imagensO ex-ministro dos Direitos Humanos dizia até para aliados, de dentro e de fora da gestão petista, que era vítima da perseguição de outros ministros do governo Lula que queriam seu cargo.
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Como o Metrópoles noticiou na quinta-feira (7/11), Edneia Carvalho, esposa de Silvio, quebrou o silêncio e saiu em defesa do marido. Nas redes sociais, ela disse que a justiça ainda vai ser feita.
"Qualquer pessoa que tenha cruzado o Silvio com seriedade nessa vida tem a certeza de que nada do que tem sido atribuído a ele faz o menor sentido", escreveu Edneia.
Na mesma publicação, a esposa do ex-ministro dos Direitos Humanos também criticou movimentos feministas ao dizer que, em nenhum momento após as denúncias contra o marido, ela foi acolhida.
"Fala-se tanto em pautas feministas, mas esse mesmo feminismo não me acolheu. Nunca vou [me] esquecer das vezes que tive de amamentar a minha filha em meio a uma tristeza profunda".
Ministro lamenta ausência de apoio
Conforme noticiou a coluna, Silvio tem dito a aliados que se senti abandonado por ex-colegas do governo. Ele relata que muitos ex-colegas que considerava como amigos nunca o procuraram após as denúncias.
As denúncias
Silvio Almeida foi demitido do ministério no começo de setembro após denuncias de importunação e assédio sexual reveladas pela coluna Guilherme Amado. Uma das vítimas foi ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco.
A colegas do governo Lula, Anielle relatou que um dos episódios de importunação sexual teria ocorrido durante uma reunião oficial sobre combate ao racismo, em maio de 2023, conforme noticiado por esta coluna.
Segundo os relatos de Anielle, Silvio Almeida teria passado a mão entre suas pernas por baixo da mesa enquanto a reunião acontecia. O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, estava presente na reunião.
Metropoles