MPF, DPU e MP-AL firmaram acordo judicial para intervenção. Com salários atrasados, funcionários cruzaram os braços e parte dos serviços estão paralisados há um mês. Justiça firma acordo para intervenção na gestão do Hospital VeredasA Justiça Federal anunciou, na tarde de quinta-feira (28), que vai homologar o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado entre o Ministério Público Federal (MPF), a Defensoria Pública da União (DPU) e o Ministério Público de Alagoas (MPAL), com a Fundação Hospital da Agroindústria do Açúcar e do Álcool de Alagoas, responsável pelo Hospital Veredas.Compartilhe no WhatsAppCompartilhe no TelegramIsso significa que a gestão do hospital será supervisionada por uma Comissão Interventora, composta por um representante do Município, um do Estado e um do Hospital Veredas, garantindo que as ações sejam conduzidas de maneira alinhada aos interesses públicos e aos objetivos da intervenção. "Irão em conjunto gerir a Fundação pelos próximos meses, fazer uma auditoria dos processos, em todas as contas, em todos os serviços. Com isso, promover a visualização do que a Fundação de a receber, do que a Fundação tem a prestar de contas, de dívidas, no intuito de recuperar os serviços e resolver esses problemas mais imediatos e, principalmente, devolver a dignidade aos trabalhadores", disse André Seabra, diretor-presidente do hospital. Os funcionários do hospital paralisaram parte dos serviços em outubro. Apenas 30% dos serviços estão sendo mantidos. Na última quinta-feira (28) eles voltaram a protestar na Avenida Fernandes Lima, colocando fogo em pneus."Nós temos a receber [os salários] agosto, setembro e outubro, bem como um restante do 13º salário de 2022 e o piso da enfermagem relativo aos três meses", disse Chico Lima, presidente do Sindicato dos Empregados de Estabelecimentos de Saúde. Participe do canal do g1 AL no WhatsApp ???? Nova gestão terá autonomiaA principal medida do TAC é a intervenção na gestão do Hospital Veredas, que será realizada por uma gestora especializada contratada após análise e concordância do MPF, DPU e MPAL. A nova gestora assumirá a administração do hospital com autonomia operacional e administrativa, sendo responsável por:Elaborar e implementar um plano de reestruturação para melhorar as operações do hospital;Manter uma gestão financeira sustentável e realizar controle de qualidade nos serviços prestados;Elaborar relatórios periódicos sobre as atividades realizadas e encaminhá-los à Comissão Interventora, ao MPF, ao MPAL, à DPU e aos outros órgãos responsáveis.Multas e Penalidades Caso a Fundação não cumpra as obrigações dentro do prazo estabelecido, será sujeita ao pagamento de uma multa diária. Se o descumprimento ocorrer em relação às obrigações centrais da intervenção e da gestão do hospital, o valor da multa será triplicado.Em caso de descumprimento das obrigações, o MPF, MPAL e DPU poderão buscar a execução judicial para garantir o cumprimento das obrigações e o pagamento das penalidades.Intervenção deve retomar normalidade no atendimentoOs órgãos esperam que a intervenção melhore a gestão do Hospital Veredas, assegurando que a instituição ofereça um atendimento de saúde de qualidade e com transparência. Também busca garantir que os recursos públicos sejam utilizados de maneira eficiente, de modo que o hospital atinja seu objetivo principal que é o de prestar integralmente os serviços de saúde contratualizados com Estado e Município."A gente celebra que tenha havido essa confluência de interesses e que tenha a possibilidade de construir uma solução consensual, porque isso é do interesse da sociedade alagoana, então a gente espera que haja uma normalização dos serviços, o que vai beneficiar os funcionários, porque um dos objetivos da intervenção é que haja a normalização dos pagamentos de salários e do passivo. Para que os funcionários possam trabalhar e receber aquilo que é direito. Que tenham dignidade", comentou Bruno Lamenha, procurador regional dos Direitos do Cidadão, um dos autores da ação civil pública.Justiça determina intervenção no Hospital VeredasReprodução/ TV GazetaAssista aos vídeos mais recentes do g1 ALVeja mais notícias da região no g1 AL
O Supremo Tribunal Federal (STF) marcou para a próxima sexta-feira (6/12) a abertura do julgamento de um pedido que pode tirar o ministro Alexandre de Moraes