Diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Passos Rodrigues [à esquerda na foto principal] ouviu o apelo de um deputado, sobre imunidade parlamentar, durante conversa frente à frente na Câmara. No intervalo de audiência da Comissão de Segurança Pública, Luiz Lima (PL-RJ) se aproximou do chefe da PF e disse que estava com “receio de discursar” na tribuna após a corporação imputar crimes a Marcel Van Hattem (Novo-RS) por declarações contra o delegado Fábio Shor.
Na tentativa de apaziguar os ânimos, Luiz Lima sugeriu a Andrei Rodrigues que recuasse e conversasse a sós com Van Hattem. Em resposta, o diretor-geral da Polícia Federal concordou com o encontro, mas argumentou que o deputado do Novo teria cometido crime em sua fala contra Shor. E que, portanto, as declarações não estariam cobertas pela imunidade parlamentar.
4 imagensO clima de tensão entre Andrei Rodrigues e Marcel Van Hattem chegou ao ápice nessa terça-feira (3/12), após o parlamentar do Novo desafiar o diretor-geral da PF a prendê-lo em flagrante e, diante do silêncio, acusá-lo de prevaricação.
Após a intervenção de Luiz Lima, Van Hattem e Andrei Rodrigues não ensaiaram qualquer aproximação. Pelo contrário. A Polícia Federal deverá pedir abertura de um novo inquérito contra o congressista por ter chamado o chefe da corporação de “prevaricador”.
Van Hattem, por sua vez, afirma que caberia ao chefe da PF recuar, uma vez que os indiciamentos levariam a um choque institucional entre a corporação e a Câmara dos Deputados.
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