G1 Alagoas
Antes de desenhar, a artista trabalhou na roça, varrendo calçadas e até quebrando pedras para fazer paralelepípedos. Conheça a história de Roxinha, artista alagoana que começou a viver de arte aos 64 anos"Com 18 anos, casei. Com 34 anos, aprendi a andar de bicicleta. Com 50, aprendi a andar de moto. Com 64, tive outra oportunidade e agarrei e não solto mais".É assim que Dona Maria José, mais conhecida como Roxinha, descreve o ponto de virada que aconteceu na vida dela: o momento em que ela começou a viver de arte."Quando eu era mais nova, só sofria trabalhando pesado. Primeiro foi a roça, depois varrendo rua e depois quebrando pedra para fazer paralelepípedo. As pedras que eu quebrava, hoje eu pinto", conta, orgulhosa.O atelier de Roxinha é parada obrigatória em Pão de Açúcar, no Sertão de Alagoas. O local reúne os desenhos feitos por Roxinha, que com muita criatividade representam a simplicidade do dia a dia da vida sertaneja.Atelier de Roxinha é parada obrigatória em Pão de Açúcar, no Sertão de AlagoasReprodução/TV Gazeta de AlagoasTudo começou quando a filha de Roxinha, que desenha muito bem, saiu de casa para trabalhar em outra região. Domingos, marido de Roxinha, sugeriu que a esposa começasse a desenhar para matar a saudade da filha."Eu comecei a desenhar com ele. Sem saber nada, a gente só riscava. Comecei a melhorar e ele disse: 'Se você quiser, continue, que você sabe desenhar'".Hoje, as obras de Roxinha preenchem galerias em todo o Brasil. Ela também já deu oficinas sobre o modo de produção de suas obras.Antes de desenhar, Roxinha trabalhou na roça, varrendo calçadas e até quebrando pedras para fazer paralelepípedosReprodução/TV Gazeta de AlagoasVeja mais notícias da região no g1 AL