A dinâmica do acidente que deixou 39 mortos em Minas Gerais tem duas versões. O que se sabe até agora é que a tragédia envolveu um ônibus com 45 pessoas, um carro de passeio e uma carreta. Tudo aconteceu na madrugada do sábado (21/12) no Km 286 da BR-116, na localidade de Laranjinha, no município de Teófilo Otoni.
Uma das versões preliminares é de que um dos pneus do ônibus, pertencente à empresa Emtram, estourou, e o motorista teria perdido o controle da direção. O veículo de passageiros colidiu contra uma carreta e, depois disso, um Fiat Argo que seguia logo atrás não conseguiu frear e atingiu o veículo de carga. Estas informações foram repassadas pelo Corpo de Bombeiros.
A outra hipótese é de que um grande bloco de granito possa ter se soltado da carroceria da carreta e atingido o ônibus, dando início ao fogo no veículo de passageiros e fazendo com que a carreta também tenha perdido o controle.
Com a colisão, o ônibus queimou por inteiro. O veículo de passeio ficou totalmente destruído, mas sem fogo, e a carreta, parcialmente danificada. O carro de passeio acabou batendo na traseira da carreta. Esta suposição partiu de um policial em Minas Gerais.
Oficialmente, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou ao Metrópoles que ainda apura os detalhes do acidente.
“A PRF permanece no local da ocorrência, realiza levantamento pericial e colabora com os demais órgãos também responsáveis pela apuração das circunstâncias e das causas do acidente”, destacou a corporação.
A Polícia Civil de Minas Gerais (PC-MG) investiga o caso. O trabalho da perícia, além de depoimentos, deve ajudar a esclarecer como tudo aconteceu e identificar possíveis responsáveis. Os trabalhos de resgate do Corpo de Bombeiros foram concluídos no início da noite do sábado.
Os bombeiros informaram que, no ônibus, havia 45 pessoas, sendo uma delas o motorista do veículo. Do carro de passeio foram resgatadas três pessoas com vida. O motorista da carreta não foi localizado. Até o início da noite, 39 pessoas tiveram a morte confirmada pela Emtram. Os sobreviventes foram direcionados para um hospital.
Após a perícia no local, realizada pela PCMG, os corpos das vítimas foram encaminhados ao Posto Médico-Legal, em Teófilo Otoni. No local, eles vão passar pela primeira etapa dos exames e da identificação das vítimas. Uma equipe do Instituto Médico Legal (IML) de Belo Horizonte também foi destacada até o município para auxiliar os trabalhos.
O acidente é o mais letal desde 2008, início desta estatística da PRF nas rodovias federais. Os outros quatro mais críticos aconteceram em Nova Itarina (BA), em 2011, com 33 mortos; em Descanso (SC), também em 2011, com 26 mortos; em Gavião (BA), em 2024, com 23 mortos; e, por fim, o acidente de Guarapari (ES), de 2017, quando foram perdidas 21 vidas.
A empresa de ônibus divulgou uma lista das pessoas que estavam no veículo de passageiros:
Alexandre dos Santos
Amilton Josafa de Souza
Anailda Marinho dos Santos
Antonival G. dos Santos
Bianca de Jesus Ferreira
Caio Novais Santos
Camilly S. Santos
Claudinei Dos Santos
Delbra Maria da Silva
Erinaldo Vieira do Amaral
Fabio Alves Prates
Fledson Jose dos Santos Silva
Gerenildo Silva do Fonseca
Gilberto Gomes de Souza
Gileusa S. Santos
Ingrid Alves dos Santos
Josemar do Carmo Ribeiro
Josinaldo Pereira
Juliana Nascimento dos Santos Fonseca
Karine Boldrini
Laura Amaral Marinho
Luiz Gustavo Prates Batista
Marcos A. F. Costa
Marineis Maria da Silva Dias
Max Borges dos Santos
Milena Britto
Natalicio Araújo Ramos
Natanael Roberto de Souza
Pablo Vinicius Silva
Paulo Nunes Bispo Oliveira
Pedro Boldrini Lima
Pyetro Enzo da Silva Costa
Rai Freires Silva
Risia Rosa Rocha
Rita de Sousa Santos
Roberto Almeida Brasileiro
Robson dos Santos Silveira
Selma Batista de Moraes Prates
Selma Soares de Jesus
Shirley da Silva Ferreira
Soraya dos Santos Guedes
Tiburtino Ribeiro Dias
Uanderson da Silva
Valentina de Jesus Pereira
A empresa de ônibus divulgou um telefone exclusivo para atendimento a parentes das pessoas envolvidas no acidente: (11) 99995-2527. A Emtram também informou que presta apoio psicológico, no reconhecimento de corpos e nos serviços funerários às vítimas, aos parentes e sobreviventes.
Metropoles