De acordo com a Polícia Militar, Joelma possuía muitos ferimentos na região da cabeça e o corpo dela foi encontrado nu. Já a Polícia Civil informou, no decorrer do dia, que ela foi foi vítima de homicídio. Até o momento, não há informações sobre a motivação e autoria do crime
Ainda na manhã da última terça, uma mulher trans, identificada como "Barbie", foi encontrada morta com sinais de estrangulamento, em uma residência que fica localizada na Rua Dias Cabral, na região central de Maceió.
De acordo com informações apuradas pela reportagem do TNH1, a vítima, de 65 anos, possuía diversas lesões na região do pescoço. Testemunhas relataram à reportagem que o suspeito de cometer o crime seria o próprio namorado da vítima, um homem de 25 anos, que está foragido. A Polícia Civil está investigando a motivação do crime.
Já o último caso foi registrado na manhã deste sábado (23), no bairro Multirão, em Rio Largo, na Região Metropolitana de Maceió. Uma mulher trans de 28 anos, identificada como Bianca, foi morta a tiros enquanto andava em via pública. A irmã da vítima relatou à PM que elas estavam sendo ameaçadas pelo avô por causa de uma herança que iriam receber.
De acordo com a PM, Bianca foi atingida por disparos de arma de fogo na região dorsal. As testemunhas não souberam passar informações sobre os suspeitos e nem de onde vieram. A irmã informou que a vítima não tinha envolvimento com o tráfico de drogas, sendo apenas usuária. A Polícia Civil também investiga o caso.
Vulnerabilidade e falta de segurança - Em entrevista ao TNH1, a presidenta da Associação Cultural de Travestis e Transexuais de Alagoas (ACTTRANS/AL), Natasha Wonderfull da Silva, disse que o grupo vai se reunir com o Conselho Estadual de Combate à Discriminação e Promoção dos Direitos LGBTQIA+ e com algumas ONGs de acolhimento e apoio à comunidade LGBT para debater os casos recentes de violência.
"É um grupo muito vulnerável. Muitas travestis e trans estão suscetíveis à violência e às drogas. Vamos no reunir com o Conselho Estadual de Combate à Discriminação e Promoção dos Direitos LGBTQIA+ e com algumas ONGs para debater os últimos casos. Obviamente que precisamos de mais segurança, porém também precisamos do papel do poder público para tirar essas pessoas da situação de vulnerabilidade. Muitas delas não têm escolaridade, e precisam se prostituir para conseguir sobreviver. Precisamos de mais oportunidade no mercado de trabalho, de sermos acolhidas, reconhecidas e amparadas. É um conjunto de forças, onde precisamos de programas sociais, de projetos de empregabilidade", explicou Natasha.
TNH1