Balanço divulgado pela Defesa Civil do Rio Grande do Sul no fim da tarde desta quarta-feira (1º) revela que 114 cidades gaúchas foram atingidas pelas fortes chuvas que afetam o estado desde segunda-feira (29). Ao menos dez mortes foram confirmadas. Outras 11 pessoas estão feridas.
Ao todo, 19.110 pessoas foram afetadas em solo gaúcho por ocorrências como enchentes, deslizamentos de terra, transbordamento de rios e desabamentos. O último balanço mostra que 3.416 indivíduos estão desalojados e 1.072 estão em abrigos.
Do total de dez mortes, duas ocorreram em Paverama e duas em Salvador do Sul. Os outros municípios que registraram vítimas fatais foram Pântano Grande, Itaara, Encantado, Segredo, Santa Maria e Santa Cruz do Sul.
Há ainda 21 pessoas desaparecidas, sendo oito em candelária, seis em Encantado, quatro em Roca Sales, duas em São Vendelino e uma em Passa Sete.
Os locais mais afetados pelos temporais são a região central do estado e os vales do Caí e do Taquari. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), até terça-feira (30), a cidade de Santa Maria, na região central, havia registrado um volume acumulado de 215,4 milímetros de chuva em 24 horas. Em Bento Gonçalves, na Serra Gaúcha, o acumulado foi de 182,6 milímetros.
O Rio Grande do Sul e parte de Santa Catarina ainda estão em alerta de perigo para tempestade até amanhã, diz o Inmet.
O governo gaúcho criou um gabinete de crise para monitorar a situação no estado. De acordo com o órgão, um levantamento preliminar aponta que os prejuízos causados pela chuva no Rio Grande do Sul estão avaliados em aproximadamente R$ 100 milhões.
Na terça, o governador Eduardo Leite (PSDB) fez uma postagem em uma rede social solicitando ao governo federal que auxiliasse o estado no trabalho de resgate de vítimas. Pouco tempo depois, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) respondeu que “no que for necessário, governo federal irá se somar aos esforços do governo estadual e prefeituras para atravessarmos e superarmos mais esse momento difícil, reflexos das mudanças climáticas que afetam o planeta”.
Nas últimas horas, a Força Aérea Brasileira e o Exército, além das defesas civis de diversos estados, enviaram aeronaves ao Rio Grande do Sul para auxiliar nas operações de resgate.
TNH1