O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) alfinetou o presidente argentino, Javier Milei, nesta segunda-feira (8/7), durante a 64ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul e Estados Associados, no Paraguai. O petista, em seu discurso, falou contra o “nacionalismo arcaico e isolacionista”.
O argentino esteve no Brasil no fim de semana para participar de um evento de conservadores, em Balneário Camboriú.
“Quem conhece a história da América Latina reconhece o valor do estado como planejador e indutor do desenvolvimento. No mundo globalizado não faz sentido recorrer ao nacionalismo arcaico e isolacionista”, afirmou.
“Tampouco há justificativa para resgatar as experiências ultraliberais que apenas agravaram as desigualdades em nossa região”, completou.
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Milei esteve no Brasil e não se encontrou com Lula
Javier Milei, presidente da Argentina, é o único chefe de Estado do Mercosul ausente no evento. Milei, crítico de Lula, esteve no Brasil no fim de semana, mas não encontrou o chefe do Executivo. Em Santa Catarina, o presidente argentino conversou com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Ele esteve no país para participar da Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC) 2024, em Balneário Camboriú. Ele foi recebido pelo governador Jorginho Mello (PL) e por Bolsonaro.
O ex-presidente, inclusive, deu ao argentino a famosa medalha "3 Is", que é distribuída a aliados e apoiadores. O item traz três palavras já usadas pelo ex-chefe do Executivo para se definir durante o mandato: "imbrochável, imorrível e incomível".
Na campanha eleitoral, Milei ameaçou diversas vezes deixar o Mercosul. Nessa época, ele também chamou Lula de “corrupto” e “presidiário comunista”.
Há duas semanas, o petista cobrou um pedido de desculpas do colega argentino. Já Milei disse não ter motivo para se retratar. “Qual é o problema que o chamei de corrupto? Por acaso ele não foi preso por isso? E o que eu disse Comunista? Por acaso não é comunista?”, questionou.
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