O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a participar da missa de sétimo dia da mãe do presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto. Bolsonaro fez o pedido para ir à missa de Leila Caran Costa, que ocorrerá na segunda-feira (9/12), às 18h, em Mogi das Cruzes (SP), com a garantia de que cumprirá as medidas cautelares em vigor e não falará com Valdemar sobre investigações em curso contra ambos.
Bolsonaro e Valdemar estão proibidos de manter contato desde 8 de março, data em que Moraes autorizou a Operação Tempus Veritatis, deflagrada pela Polícia Federal (PF). Agora, Moraes considerou a excepcionalidade do pedido e concedeu a possibilidade de Bolsonaro comparecer à missa de sétimo dia.
O ministro, no entanto, friou que Bolsonaro deve manter a promessa de sua defesa e não descumprir sua decisão. “Em face da excepcionalidade do pedido e da afirmação da defesa ("o peticionário compromete-se expressamente a cumprir de forma rigorosa todas as restrições impostas pelas medidas cautelares em vigor, abstendo-se de manter qualquer diálogo acerca das investigações em curso, reafirmando, assim, seu pleno respeito às determinações judiciais"), autorizo Jair Messias Bolsonaro a manter contato com o investigado Valdemar Costa Neto, na citada missa do sétimo dia”, decidiu o ministro.
Moraes ainda ressaltou em sua decisão que não há qualquer restrição à locomoção de Bolsonaro em território nacional. O que existe é a proibição dele manter contato com os demais investigados de um mesmo processo.
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Moraes tinha autorizado Bolsonaro a ir ao velório e enterro da mãe de Valdemar, mas o ex-presidente não conseguiu porque a decisão ocorreu em horário próximo ao do evento.
Na decisão sobre o velório, Moraes também fez uma ressalva com relação ao possível encontro entre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o presidente do Partido Liberal. Moraes deixou claro que a permissão ocorreu em razão da excepcionalidade da demanda e da afirmação da defesa de Bolsonaro de que estaria comprometido “a não manter quaisquer conversas sobre as investigações em curso”.
Como mostrou o Metrópoles, na coluna de Igor Gadelha, o ex-presidente Jair Bolsonaro enviou sua esposa, Michelle Bolsonaro, para representá-lo no velório.
Fonte: Metropoles