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'Parecia um raio, pensei que fosse um prédio caindo', diz testemunha de queda de avião

Moradores de casas vizinhas ao local onde caiu um avião de pequeno porte neste domingo (22) na cidade de Gramado (98 km de Porto Alegre), afirmam terem sido surpreendidos com o forte estrondo causado pelo acidente.


Moradores de casas vizinhas ao local onde caiu um avião de pequeno porte neste domingo (22) na cidade de Gramado (98 km de Porto Alegre), afirmam terem sido surpreendidos com o forte estrondo causado pelo acidente.

A aeronave caiu na manhã deste domingo nas margens da rodovia entre os municípios de Gramado e Canela, em uma região repleta de estabelecimentos comerciais, turísticos e gastronômicos.

O avião tinha 10 passageiros: o piloto e proprietário da aeronave, o empresário Luiz Claudio Galeazzi, e nove parentes dele, incluindo esposa e três filhas. O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), informou que não há sobreviventes.

No início da tarde deste domingo, moradores e trabalhadores de estabelecimentos próximos ao local do acidente ainda tentavam entender a dimensão da tragédia.

O empresário Jairo de Oliveira, 41 anos, estava em casa, a cerca de 400 metros do local acidente, quando escutou o estrondo.

"Foi uma espécie de explosão. Um barulho que parecia um raio, pensei que fosse um prédio caindo, algo neste sentido", afirma.

O motorista de aplicativo, Fabiano Peteffi Setti, 46, levava um casal de passageiros de Gramado para Canela quando o avião caiu a cerca de 500 metros do local onde trafegava. Ele conta que ouviu "um grande estrondo vindo do céu".

Ao ver os prédios atingidos e os destroços, diz que conseguiu perceber que se tratava da queda de uma aeronave. "Deu para entender rápido que se tratava de uma tragédia", conta.
Um trecho da rodovia RS-235 foi bloqueado e apresenta trânsito lento. Caminhões do Corpo de Bombeiros, caminhões-pipa e carros da Brigada Militar seguem mobilizados na região.

Segundo a testemunha, na hora os carros já pararam e começou a se formar o congestionamento pela avenida que liga as duas cidades da serra gaúcha.

A Brigada Militar e a Polícia Rodoviária Estadual orientam o fluxo de trânsito que, apesar de lento, está fluindo com a rodovia parcialmente liberada. O local próximo à tragédia está interditado com fitas de isolamento.

De acordo com o Governo do Rio Grande do Sul, as primeiras informações apontam que a aeronave bateu contra a chaminé de um prédio em construção, atingiu o segundo andar de uma casa e também uma loja de móveis. Destroços ainda atingiram parte de um hotel.

Ao menos 17 pessoas foram levadas a hospitais da região, com ferimentos ou por inalar fumaça. Duas estão em estado grave.

Segundo a Infraero, a aeronave de prefixo PR-NDN levantou voo às 9h15, no aeroporto de Canela (RS), e seguiria para Jundiaí, no interior de São Paulo.

A Secretaria da Segurança Pública do RS divulgou uma nota dizendo que o local está isolado pela Brigada Militar. A Polícia Civil investiga o caso. Ainda não há informações sobre as possíveis causas do acidente.

A (Força Aérea Brasileira disse, em nota, que investigadores do órgão regional do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), localizado em Canoas, foram acionados para realizar uma ação inicial envolvendo uma aeronave de matrícula PR-NDN.

TNH1

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