A votação da Proposta de Emenda à Constituição que põe fim à propriedade exclusiva da União sobre terrenos de marinha, conhecida como PEC das Praias, é vista no Senado como espécie de “presente de Natal” de Davi Alcolumbre (União-AP) a Flávio Bolsonaro (PL-RJ). Presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o senador amapaense pautou, sem alarde, a análise do projeto relatado por Flávio.
Alcolumbre é franco favorito para assumir a presidência do Senado a partir de janeiro de 2025, quando Rodrigo Pacheco (PSD-MG) deixará o cargo para a eleição interna.
4 imagensReproduçãoBRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFotoIgo Estrela/MetrópolesDivulgação/Senado FederalFlávio Bolsonaro atuou para que o PL não lançasse candidato para marcar posição, como fez em 2023, e declarasse logo apoio a Alcolumbre. O amapaense já foi presidente do Senado duas vezes, entre 2019 e 2022.
Durante o governo Bolsonaro, Flávio também tentou amenizar a briga entre seu pai e o então presidente do Senado. Na ocasião, o mandatário fez críticas a Alcolumbre, reclamando de uma suposta demora para pautar a sabatina do seu indicado ao STF André Mendonça.
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Em entrevista ao Metrópoles, em junho, Flávio negou que a proposta impedirá o acesso da população comum às praias brasileiras. "De forma alguma vai estar cerceando o acesso de ninguém ou a permanência de ninguém nas praias que são de domínio público, são de uso comum de todos os brasileiros e vão continuar sendo sempre", afirmou o relator.
Em junho, a PEC das Praias movimentou as redes sociais, principalmente após a briga entre a atriz Luana Piovani e o jogador Neymar.
Fonte: Metropoles